10 de abril de 2014

Um post sem interesse algum.

Sabem quando estão tão cheios de alguém, que o mínimo passo, a mínima palavra, o mínimo gesto já vos irrita? Eu tenho tanta, tanta, tanta, mas tanta coisa entalada na garganta que encheria um camião tir de palavras. E isto consome-me a alma. Deixa-me de rastos. Parte-me o coração. Eu preciso tanto de explodir que já tenho pesadelos sobre isto. Mas não posso. Eu não posso permitir-me explodir porque prejudicaria duas crianças lindas que em nada são culpadas. Eu não posso. E resta-me pensar para mim própria, imaginar-me a dizer tudo o que quero dizer, perceber se realmente estou a pensar certo, vezes e vezes sem conta, como uma cassete riscada. Resta-me praguejar para o ar para que o meu querido Zé-ninguém me oiça e se remeta ao silêncio, porque sabe que já não tem mais nada a acrescentar, que já ouviu tudo o que tinha a ouvir e já falou tudo o que tinha a falar, dando-me apenas o conforto da sua atenção para que eu possa aliviar esta tensão e não explodir com quem devia explodir. Mas não posso. E isto deixa-me cansada, de rastos, pequenina e com uma vontade de chorar daqui à lua.

8 de abril de 2014

Não saltou uma mama para cima do bolo?!


Se eu fosse filha desta senhora (?), quando fosse crescida tinha muita vergonha em mostrar as fotos do primeiro aniversário aos meus amigos. Mas isso sou eu que sou a malvadez em pessoa, é que percebe-se logo que é tudo uma questão de prática. Quando a meio de bolos e bolinhos, a miúda pedir por leite é só desviar a renda que tapa (?) as maminhas e toma lá. Pois, que esta senhora (?) já deu provas que tudo faz pelo bem estar da piquena. Certo. 

6 de abril de 2014

Manuel Forjaz



“Hoje às 11:55 o nosso pai foi embora. Com fé profunda e sem sofrimento, foi em paz em casa no seu sofá. Por favor, vivam a vida, e sorriam...” 

É tão perturbador perceber que alguém com tanta vida de repente deixa de viver. E apesar da sua frontalidade acerca do assunto, apesar das suas afirmações que a qualquer dia podia partir, parece que nos deixou ainda com mais esperança que tudo ia correr pelo melhor. 

4 de abril de 2014


As partidas que não deviam acontecer


Passei uns dias com as minhas sobrinhas que gostaria de ver muito mais vezes do que vejo e no meio de uma brincadeira, a de cinco anos agarra-se a mim e pede-me para não me ir embora. Explico-lhe que isso não é possível e ela tenta negociar comigo.

- Fica só quarenta semanas. 
- Isso é muito tempo.
- Então fica vinte, mas eu queria era que ficasses todos os dias. 


E o meu coração parte-se em bocadinhos sempre que tenho de dizer adeus. E são tantas as vezes. O que eu gostava de ficar todos os dias...

3 de abril de 2014

Vamos ter um gato

E qual é o primeiro pensamento dele? Já temos quem nos limpe os pratos.


E este tempo tropical?


Ora cai uma chuva torrencial durante dois minutos, ora faz um sol do caraças. Enquanto estava a caminho de Lisboa era só sol, quando estacionei o carro e precisei andar a pé, chuvaaaa! Enquanto vinha para Évora um calor desgraçado, quando precisei de colocar os novecentos sacos de comida dentro de casa que a minha sogra nos mandou, chuvaaaaa! Não há quem entenda este tempo e os espirros já falam por mim.